PRENÚNCIOS DO FIM
por
Aguinaldo C. da Silva
No século XVIII, quando o
ateísmo sacudiu a Europa e a ideologia humanista alcançou o apogeu, criou-se à
idéia que o homem, por sua própria capacidade, superaria todos os problemas,
tanto do presente quanto do futuro. Que a sociedade humana jamais encontraria
uma barreira intransponível na sua trajetória. Que os avanços tecnológicos,
fruto das recentes descobertas científicas naquela época, seriam capazes de dar
ao homem o senhorio de seu próprio destino.
Em pleno século XXI as
perspectivas para a humanidade são
angustiantes. O prognóstico atual para o futuro da humanidade tem tirado o sono
das principais autoridades da Terra. A exaustão dos recursos naturais tais como
petróleo e água, o aumento da emissão de gases poluentes na atmosfera, a
degradação do ambiente em alta escala anunciam um quadro apocalíptico para o
planeta. Segundo alguns ambientalistas este século tem mais de cinqüenta por
cento de chance de se tornar o último da história da humanidade. Compreendemos
que a Terra após ter seus recursos naturais usados de forma não econômica, pode
ser comparada a uma máquina desgastada que já está pedindo recondicionamento ou
aposentaria e parece utópica a idéia de reversão do quadro.
A humanidade vem transpondo,
no decorrer dos séculos, graves problemas que ameaçam sua subsistência, tais
como: guerras mundiais, pestes, ameaças terroristas, etc..., Mas tudo isso é
incomparável a uma situação de pane na conjuntura econômica mundial.
O modelo capitalista está se
tornando unanimidade no mundo, no entanto demanda um progresso não sustentável.
Este modelo é baseado na produção, consumo e renda. A produção depende da
exploração dos recursos naturais, o trabalho utilizado na produção gera renda,
por outro lado o consumo gera lixo, causando mais degradação ambiental. Outros
modelos econômicos foram testados, mas rejeitados por ineficiência.
A população mundial cresceu
graças ao desenvolvimento econômico e aos avanços científicos no campo da
medicina. O desenvolvimento econômico atual se deu a partir da revolução
industrial. O estabelecimento das indústrias ocasionou o aumento populacional
das cidades e o êxodo rural. Hoje, ao contrário do início do século passado,
cerca de oitenta por cento da população está concentrada em áreas urbanas. A
economia passou a girar em torno das cidades. Na conjuntura econômica atual a
distribuição de renda é resultante da interação dos diversos seguimentos
econômicos tendo no centro a produção industrial. É como uma caixa de
engrenagens dependentes de um eixo central.
Hoje a principal fonte de
energia que move o mundo é o petróleo. Este recurso natural além de ser usado
como matéria prima para muitos produtos viabiliza o fluxo de bens de consumo. A
economia está dependente dos combustíveis extraídos do subsolo, que em breve
acabarão. Até aqui nenhum outro substituto foi descoberto apesar das exaustivas
pesquisas. Isto poderá levar a economia a um ponto crucial. A situação se torna
ainda mais grave por causa da estrutura financeira que ampara a economia
mundial. Esta estrutura é muito frágil e vulnerável, vejamos por que:
A atividade empresarial está
ligada ao mercado de capitais. Sabemos que o crescimento econômico está
diretamente ligado a novos investimentos, para isto se criou o mercado de ações.
Este mercado oscila em função das expectativas de lucro das empresas nos mais
diversos seguimentos. Qualquer notícia, boato ou suspeita de que um determinado
ramo de atividade está com problemas, às empresas daquele setor tem suas ações
desvalorizadas imediatamente. Hoje as bolsas de valores reagem sob efeito
dominó, ou seja, a queda econômica numa determinada região contamina o mercado
de ações no mundo todo. De uma hora para outra, em função de um conflito
bélico, catástrofe natural, atentado terrorista ou aumento brusco do barril de
petróleo, as bolsas do mundo todo apresentam saldo negativo.
Quando se tornar mais
premente a questão da exaustão dos recursos naturais, o sistema financeiro
implodirá, inviabilizando a atividade econômica. A conseqüência disto é de caos
para as populações urbanas, ou seja, a grande maioria da população. Isto porque
os moradores das cidades dependem exclusivamente do dinheiro para satisfazerem
suas necessidades básicas.
A consumação deste
prognóstico caótico se torna a cada dia mais realista, já que hoje a população
mundial é de cerca de seis bilhões e meio de pessoas e é impossível recolocar a
imensa população urbana no campo a fim de produzir seu próprio alimento.
Outro fator preocupante é o
ambiental. A emissão de gases poluentes na atmosfera ocasiona o efeito estufa
que traz conseqüências negativas de amplitude ainda não completamente
conhecida. Alguns fatos, já podemos observar, como as alterações climáticas em
todo globo e o aumento da freqüência de tornados, furacões e enchentes.
As expectativas de que o
avanço tecnológico traria solução para estes problemas estão sendo frustradas.
Há poucas décadas se pensava que o homem cruzaria o ano dois mil andando com
veículos voadores ultra-sofisticados, como nos velhos filmes de ficção
científica, mas isto ficou apenas no campo da ficção. A tecnologia evoluiu
muito com as descobertos científicas do século passado, mas agora já demonstra
um quadro de estabilidade, indicando que não poderá realizar certos milagres
almejados.
Os planos de exploração extraterrestre
com a colonização de outros planetas parecem estar cada vez mais distantes de
se concretizarem. Milhões de dólares já foram gastos com pesquisas e projetos
aeroespaciais fracassados e cada vez mais se torna irreal a possibilidade de o
homem viver fora da Terra. Será o fim para a humanidade? Analisando apenas pela
lógica parece que sim, mas observando o prognóstico do Mestre de Nazaré, haverá
um futuro promissor para a humanidade. Com Sua volta a Terra estabelecer-se-á
uma nova era para a humanidade. Demos glória por Seu reino estar se
aproximando. Entreguemos nossa vida a Ele hoje mesmo e assim possamos ser
cidadãos deste novo mundo!